segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Dia Nacional do Livro Didático!


Sabe aqueles livros de Português, Matemática, Geografia, História, Ciências S0cias, pois é chamamos eles de Livros Didáticos, são ferramentas pedagógicas, utilizados na escola para formar e ajudar na alfabetização. O Livro Didático é utilizado pelo professor, como fonte de conhecimento, com a finalidade de desenvolver o aprendizado da sociedade, e no Brasil é comemorado dia 27 de fevereiro!


HISTÓRIA DO LIVROS DIDÁTICO

O livro didático, segundo Silva (1998), passa a ser utilizado com mais freqüência no Brasil na segunda metade da década de 60, com a assinatura do acordo MEC-USAID em 1966, época em que são editados em grande quantidade para atender a demanda de um novo contexto escolar em surgimento.
Em 1985, criou-se o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que vem ao longo dos anos se aperfeiçoando para atingir seu principal objetivo: educação de qualidade. Porém, somente no início dos anos 90 o MEC deu os primeiros passos para participar mais direta e sistematicamente das discussões sobre a qualidade do livro escolar. Foi uma iniciativa do Governo Federal que consistiu em uma ação mais ampla do MEC para avaliar o livro didático, apresentando um projeto pedagógico difundido por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais e dos Guias do livro didático.
Até então, não havia a preocupação acerca do controle de qualidade dos livros, o que passou a vigorar a partir de 1993, quando o MEC criou uma comissão de especialistas encarregada de duas tarefas principais: avaliar a qualidade dos livros mais solicitados ao Ministério e estabelecer critérios gerais para a avaliação das novas aquisições.
Observando-se a trajetória histórica, onde fica evidenciada a importância que o livro didático assumiu com o passar dos anos, muitos autores dedicaram-se ao estudo deste, a fim de analisar a sua eficiência e/ou ineficiência.
Faria (1984), em seu livro Ideologia no Livro Didático, partindo da análise de como as crianças de escola pública, de origem operária na maioria, e da escola particular, originárias da classe média e alta, aprendem conceitos via livro didático, concluiu que este, em geral, perpassa ideologias culturalmente impostas e que se propagam de maneira a inculcar valores, preconceitos.
Uma pesquisa mais recente, realizada por Neves (2002), constata de maneira convergente a de Faria que o livro didático apresenta problemas como confusão de critérios, inadequação de nível, invenção de regras, sobrecarga de teorização, preocupação excessiva de definições, impropriedade de definições, artificialidade de exemplos, falsidade de noções, gratuidade de ilustrações, mau aproveitamento do texto, dentre outros.
Mas, segundo a mesma autora, mesmo os livros contendo diversos problemas não podemos caracterizá-lo como o único culpado. Segundo ela, o professor espera do livro didático saber o que não sabe; transfere responsabilidades que até então são suas, porque o livro didático não serve como professor e os alunos não aprendem por si só; substitui sua falta de conhecimento atribuindo ao autor do livro o saber e, com o livro didático, o professor economiza tempo no preparo das aulas, pois, na maioria dos casos, os professores são sobrecarregados de horas/aula.
Em conformidade, com Neves, Lajolo (1996) nos diz que
o caso é que não há livro que seja à prova de professor: o pior livro pode ficar bom na sala de um bom professor e o melhor livro desanda na sala de um mau professor. Pois o melhor livro, repita-se mais uma vez, é apenas um livro, instrumento auxiliar da aprendizagem.

Pesquisa realizada por: Elana Pereira

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