Cassia
Cordeiro Furtado, 49 anos, Curso de Graduação em Biblioteconomia e Comunicação
Social – UFMA, Especialização em Usuário –UFPB, Mestrado em Ciência da Informação-UNB
e Doutoranda em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais – Universidade
de Aveiro / Universidade do Porto, Portugal. Atuação
e experiência profissional na área de Biblioteca Escolar, Leitura, Escrita,
Tecnologia e Redes Sociais
# O que a levou a escolha da profissão de Bibliotecária?
Foi
uma escolha complicada porque demorei a identificar-me com o curso e fiquei
oscilando entre Biblioteconomia e Comunicação por algum tempo, até que optei em
concluir primeiro Biblioteconomia e sempre tive atuação profissional nessa
área.
# Como tem sido essa experiência?
Muito
gratificante. Especialmente pela experiência como professora e como gestora das
Bibliotecas Farol da Educação, onde pude colocar em prática minha paixão pela
biblioteca escolar e planejar e desenvolver atividades de incentivo a leitura
com crianças.
# Quais as mudanças relevantes na Biblioteconomia Brasileira em seu ponto de
vista?
Considero
que a profissão teve um crescimento em relação à valorização do profissional,
assim como também desenvolvimento no campo científico.
# Qual a sua contribuição quanto cidadã bibliotecária e educadora, em agregar
valores aos adultos sobre a importância da educação e a leitura infantil, nosso
principal alvo?
# Quanto a leitura infantil, você acredita que esse ainda seja um meio multifuncional
para aproximar as crianças quanto ao conhecimento e romper discriminação
social? Por quê?
Considero
a literatura infantil um instrumento para produção, compreensão, crítica e
emancipação dos dogmas da sociedade, ao proporcionar as crianças informação,
conhecimento e, especialmente, entretenimento. Pondero que o principal papel da
literatura infantil é proporcionar a construção interativa, visto que, ao suscitar o
imaginário, as emoções, oportuniza o incentivo a criação, reflexão crítica e notadamente
a produção.
# O
que te diferencia de outros profissionais que trabalham com crianças?
O
diferencial do trabalho do Bibliotecário com a leitura é que este profissional
estabelece vínculo entre a leitura, público infantil e a instituição
biblioteca. Especialmente a biblioteca escolar, onde o Bibliotecário deve ser o
mediador da literatura infantil e liberar a leitura de ser vista, apenas, como
instrumento pedagógico, o que subestima sua característica estética e seu valor
criativo e imaginário.
# Hoje pra você quais os principais meios de incentivo a leitura infantil?
A
literatura deve estar inserida no ambiente infantil, de modo a que crianças e jovens sintam-se motivados a ter a
literatura como opção para o tempo livre, ao lado da televisão, do cinema, dos
jogos e do computador, dentre demais alternativas de lazer. Para tanto deve-se
usar estratégias originais e inovadoras, com atividades lúdicas com o texto de
literatura, incluindo aqui os recursos das tecnologias de informação e
comunicação, que considero ser o principal instrumento hoje para incentivo ao
livro infantil.
# Em sua opinião o
que deve ser feito para que as escolas publicas sejam realmente efetivas quanto
a criação de bibliotecas escolares e propiciem as crianças um ambiente educacional promissor?
As escolas públicas são
carentes de toda infraestrutura possível para seu funcionamento a contento,
salvo raras exceções. Não acredito que leis são suficientes para resolver problemas
tão graves e emergenciais quanto os da Educação. A biblioteca escolar não funciona no sistema público
educacional brasileiro atual porque não existe espaço para ela, pois na cultura
do livro texto e do professor transmissor de informação a biblioteca é
desnecessária. Primeiro deve-se mudar o processo ensino aprendizagem, para
então a biblioteca ser uma instituição necessária e eficiente.
# Na sua visão qual
o principal problema que afasta as crianças brasileiras da leitura?
O brasileiro não tem cultura de
povo leitor, as crianças, mesmos de classe econômica alta, não vivem em
famílias leitoras, então torna-se um circulo vicioso e de difícil rompimento. E
na escola, a literatura é transformada em atividade didática, restrita
a frações de textos previamente escolhidos, confinada a normas e exercícios de
vocabulário e gramática, reduzida ao currículo da disciplina de Português, com
imposição dos temas, dos autores, do gênero, dentre outras.
# Qual seria a quantidade
adequada de livros lidos por ano durante a infância, para que caracteriza-se uma criança efetivamente
leitora?
Não existe um padrão a
ser seguido, o leitor é resultado de um somatório de fatores; culturais,
sociais, educacionais e até econômicos, dentre outros.
# Pela sua
experiência, como você avalia a
participação da família e da escola na formação de crianças leitoras?
A família é a primeira instituição
formadora de leitores literários, considero até mais importante que a escola,
visto que a leitura literária não pode ser ensinada e seu incentivo
inclui participação em atividades da prática social e cultural. Na escola, envolvida com
manuais escolares, currículo oficial, etc. a literatura perde vida.
# Quais suas expectativas quanto a leitura para formação de leitores infantis no
Brasil?
Quando
o Brasil tornar-se um pais de leitores teremos leitores infantis!!!!
# Quais são seus futuros projetos que pretende desenvolver em benefícios da
leitura infantil?
Faça
parte da equipe do Projeto Biblon da Universidade de Aveiro, onde desenvolvemos
uma plataforma na web, com livros infantis, visando à formação de rede social
em torno da literatura, o Portal Biblon (Portal Biblon). A
UFMA e a Universidade de Aveiro assinaram convênio com finalidade de cooperação
científica, assim pretendo, quando retornar ao Maranhão continuar o trabalho
desenvolvido junto ao Biblon, agora com as crianças maranhenses.
#
Finalizando, cite uma frase que mostre o valor da leitura infantil?
A literatura
infantil permite que as crianças tornem-se sujeito ativo na construção de seus
conhecimentos e de sua cultura.
OBS.: O objetivo dessa pesquisa é mostrar diferentes visões e contribuições sobre
as práticas de leitura e educacionais desenvolvidas com e para crianças.
Agradecimento especial a professora Cássia Furtado por se mostrar sempre disposta a contribui conosco.
Por: Elana Pereira.
Bom dia Elana Pereira, antes de querermos produzir leitores de qualquer faixa etária, deve ser pensado na possibilidade de implantar uma política, voltada para a polidez cidadã. Proponho seja implantada uma polica: Educação Familiar, propus e sistematizei as idéias. Como mobilizador de funcionários públicos estaduas para participarem de cursos de performance adquiri experiência que se somaram a aoutras de que somos os adultos os educadores. Somos os espelhos da sociedade. Se não somos leitores como produzir leitores? Quando eu levava a proposta para os parasitas travestidos de funcionários, eles perguntavam não posso manda meu filho em meu lugar? Estou á sua disposição.
ResponderExcluirReinaldo Cantanhêde Lima
Blog www.reinaldocantanhede.blogspot.com
Email reinaldo.lima01@oi.com.br