domingo, 25 de setembro de 2016

Reforma do Ensino Médio.

Olá Brasil, tudo de boa? :)

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Galera no meio educacional o assunto do momento é a polêmica sobre a Reforma do Ensino Médio, apresentada nessa última quinta-feira (22). Andei lendo sobre o assunto, observando os comentários, e resolvi fazer o post dessa semana sobre o assunto.

VAMOS LÁ?

Gente, essa semana foi tumultuosa para educadores e todos que se preocupam com a educação dos estudantes do Brasil, uma vez que com a Reforma do Ensino Médio, foi dada como medida provisória, onde passa a valer de imediato, apesar de ter seu início somente no ano que vem, sendo que as escolas privadas e redes estaduais já podem fazer adaptações seguindo os seus currículos já em vigor, sem tempo maior para discutir as mudanças.  A regra que rege é tornar a educação no Ensino Médio mais flexível,  que segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho, o governo irá trabalhar junto à sua base no Congresso Nacional para priorizar a votação do Projeto de Lei (PL) 6.840/2013, que propõe mudanças importantes nas séries finais do ensino regular. 
Mas, o que diz a lei? Vem cá, que eu te explico:

1. Disciplinas como educação física, artes, filosofia e sociologia seriam optativas, sendo que apenas Português, Matemática e Inglês devem ser obrigatórias, e estantes serão escolhidas pelo aluno ou pela escola dentre cinco áreas de ênfase: Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática e Formação técnico e profissional;

2.  A carga horária de 800 para 1.400 horas anuais. Assim, os alunos passarão a ficar 7 horas por dia na aula;

3. A contratação  “profissionais com notório saber” para dar aulas em disciplinas afins à formação profissional;

4. Os currículos de ensino médio incluirão, obrigatoriamente, o estudo da língua inglesa e poderão ofertar outras línguas estrangeiras, preferencialmente o espanhol;

5. O conteúdo dos vestibulares, se limitem as competências, as habilidades e as expectativas de aprendizagem nas áreas de conhecimento.

Essa reforma, foi apresentada devido o IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, em 2015 apresentar números insatisfatório quanto ao desenvolvimento do Ensino Médio, que ao fazer comparativo com as séries iniciais e finais da educação fundamental: a meta do ano era de 4,3, mas o índice ficou em 3,7. Segundo dados de 2015 do Ministério da Educação (MEC), mais de 6,7 milhões de brasileiros estão matriculados no ensino médio. Enquanto a taxa de abandono do ensino fundamental foi de 1,9%, a do médio chegou a 6,8%. Já a reprovação do fundamental é de 8,2%, frente a 11,5% do médio.

"Essa reforma é uma falácia, porque não resolve as questões estruturais, como a formação de professores e pontos que eram demandas dos estudantes que ocuparam as escolas, como a redução do número de alunos por classe. De nada adianta ênfase em exatas ou humanidades, se o professor for mal preparado, se não houver recurso", afirma. Daniel Cara - Coordenador Geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE), 

Acabamos de ter dois megaeventos, que foram a Olímpiada e Paralimpíada, que incentivou toda a população e mostrou a importância da atividade física e do esporte. As pesquisas mostram que o problema de obesidade infanto-juvenil está aí, batendo à porta de todo mundo. E aí querem retirar uma das poucas oportunidades de muitos que é fazer atividade física na escola”, afirma Wagner Gomes, Conselho Fed. Educação Física.

O professor Célio da Cunha, da Universidade de Brasília e da Universidade Católica de Brasília, ressalta a importância da valorização do ensino médio e de uma reestruturação do atual sistema diante dos resultados. 

“As mudanças estão na direção correta porque enfrentam gargalos do Ensino Médio, 13 disciplinas, com excesso de conteúdo, todas obrigatórias, para todos os estudantes, aqui, muito é pouco. A maioria dos estudantes não aprende nada. Ficam decorando e sem ver sentido naquilo que estão estudando”, disse Ricardo Henriques, super. do Instituto Unibanco.

Essa é uma situação que realmente divide opiniões dos profissionais da educação de todo o país, uma medida onde não ouve tempo para discussões e/ou debates, pois o Brasil sendo "democrático" não considera a opinião de quem está dia a dia, frente a frente com realidade educacional, com os alunos, sem falar do alto custo que essa isso implicará aos cofres públicos, onde estimasse que cerca de 1,5 bilhões seja necessário. 

Agora adivinhem quem irá bancar essa "reforma"? 

É necessário sim uma reforma, o que está em questão é a educação, mas no caso do nosso Brasil, é mais que necessário uma "reforma" em todo país. Educação, saúde, políticas públicas, nem irei entrar em questão aqui a política, acredito que seria mais viável uma correção, não creio, como estudante, que 7 hs diárias assistindo aula irá sanar nosso problema.



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